Floricultura e Ornamentais, Fruticultura, Horticultura, IINFORMAÇÃO

Controle Natural de Praga (Parte 3)

Praga – formiga


1.    Inseticidas de origem animal

1) LEITE
Indicação: atrativo para lesmas.
– Estopa ou saco de estopa ou de aniagem;
– 4 L de água;
– 1 L de leite.
Distribuir no solo, ao redor das plantas, estopa molhada com a água e o leite. Pela manhã, vire a estopa ou o saco utilizado e mate as lesmas que se reuniram embaixo.

Lesma

2) RUMINADA
Indicação: nematóides, insetos, adubo foliar.
Receita da ruminada por tambor de 200 litros:
• Conteúdo do rúmen, pança ou estômago (vísceras) de 2 a 3 pequenos ruminantes, que é rico em bactérias e protozoários;
• Plantas amassadas, que pequenos ruminantes comem;
• Água para completar.

Como fazer:
• Tirar o conteúdo do aparelho digestivo (fatos) e colocar em um tambor;
• Misturar com cerca de 40 L de água não tratada;
• Encher o tambor com todas as plantas bem amassadas que pequenos ruminantes comem;
• Completar o tambor com água;
• Misturar bem e cobrir;
• Deixar curtir durante 30 dias.
Como funciona:
A ruminada é rica em microrganismos: bactérias, protozoários e fungos, que se instalarão no solo, assim equilibrando o mesmo, em um processo lento.

Como usar:
Adubo foliar: 1 L de ruminada por pulverizador de 20 L. A ruminada com os seus microrganismos tem também uma propriedade de defensivo natural. Por isso, ela deve ser aplicada a partir das 4 horas, para que os microrganismos não sejam afetados pelo calor.
Ativador de solo: 1 L de ruminada por cova, a cada 3 meses. Em caso de alta infestação de nematóides, realizar aplicações mensalmente.

3)URINA DE VACA
Ação nas plantas: A urina de vaca é composta por diversas substâncias que, reunidas, aumentam a resistência das plantas às pragas e doenças (Gadelha, s.d.). Há relatos de eficiência no controle da fusariose ou gomose do abacaxi (Fusarium moniliforme var. subglutinans) e que possui efeito repelente para brocas do melão (Diaphania nitidalis, D. hyalinata)

Vantagens
• Não é tóxico;
• Diminui a utilização de agrotóxicos;
• Praticamente não tem custo;
• Substitui o adubo químico;
• Aproveita produto que normalmente é jogado fora;
• Aumenta a produção;
• Melhora a qualidade e o padrão dos frutos;
• Está pronto para o uso, bastando acrescentar água;
• O efeito é rápido;
• Pode ser utilizado em praticamente todas as culturas.
Hora da Coleta da Urina: Deve ser coletada na hora da retirada do leite, quando, normalmente, a vaca urina. Deve ser recolhida em balde comum e colocada em recipiente plástico com tampa, onde deve permanecer por três dias para formação de amônia, substância que facilita a penetração do produto.

Armazenagem da urina: A armazenagem deve ser feita em recipiente fechado
para evitar perdas de nitrogênio. Desta forma, poderá permanecer por até um
ano sem perder a sua ação.
Preparo e Aplicação: deve ser misturada com água na proporção indicada para
cada cultura e aplicada conforme Tabela 1.

OBS: 1Quantidades maiores que as indicadas poderão causar danos às plantas.
A aplicação da mistura poderá ser feita no solo ou em pulverizações sobre as
plantas.

2.    Outros inseticidas ou métodos alternativos de controle

1) CAL VIRGEM + SULFATO DE AMÔNIA
Indicação: formiga saúva
– 300 g de cal virgem;
– 250 g de sulfato de amônia
– 10 L de água;
Juntar os ingredientes e aplicar diretamente nos olheiros ativos dos formigueiros.

2) CALDA DE CHORUME
Indicação: insetos sugadores
– cascas, folhas, vagens, frutos e raízes de plantas medicinais e aromáticas bem amassadas, em quantidade suficiente para encher um tambor de 100 ou 200 L. Podem ser usadas cascas de aroeira, angico e pereiro; folhas de babosa, capim santo, malva santa; vagens de pau ferro; cabeça de alho e frutos de pimenta malagueta;
– 10 a 20 L de esterco;
– Água para completar o tambor.
Pisar, amassar e picar bem as cascas, vagens, folhas e raízes. Colocar o material no tambor e fechar com saco de tecido de algodão, deixando curtir por 15 dias. Utilizar de 1 a 2 L da calda por pulverizador de 20 L.

3) CALDA BORDALESA
Vantagens
– Protetor de folhas;
– Ação física e química para evitar a instalação da doença e repelência contra pragas;
– Forma camada protetora contra doenças e pragas;
– Alta resistência à lavagem pelas chuvas, superior aos fungicidas protetores convencionais;
– Aumenta a resistência da planta à insolação;
– Fornecedor de nutrientes essenciais:
– cobre: ativador do metabolismo, aumento do vigor, etc.;
– cálcio: fortalece e dá resistência aos tecidos;
– enxofre: promove o aproveitamento do nitrogênio, etc.
– Promove a resistência da planta e dos frutos:
– Reduz o teor de nitrogênio total e solúvel;
– Promove a proteossíntese, com redução dos aminoácidos e de açúcares redutores liberados nos períodos de desequilíbrios naturais e problemas de manejo;
– Melhora a qualidade dos frutos: conservação, regularidade de maturação e aumento do teor de açúcares.

Preparo
Para fazer a Calda Bordalesa, deve ser empregado sempre tanque ou vasilhame de plástico, cimento, fibra ou madeira. Não utilizar tambores de ferro, latão ou alumínio, pois reagem com o sulfato de cobre e a corrosão química pode destruí-los em pouco tempo, a não ser que sejam tratados com revestimentos anti-corrosivos.

Dissolução do cobre
O primeiro passo é dissolver o sulfato de cobre. Quando está na forma de pedra, deve ser triturado e colocado dentro de um saco de algodão e mantido imerso (em suspensão) sobre um balde com bastante água, 20 a 50 litros ou mais.
A dissolução completa demora até 24 horas. Pode ser empregado o sulfato de cobre na forma cristalizada, de mais fácil solubilidade, pois pode ser dissolvido na mesma hora do preparo, em um pouco de água quente ou normal.
Para dissolver o sulfato de cobre ou a cal, recomenda-se utilizar em torno de 5 vezes o volume de água, em relação à quantidade empregada desses produtos.

Dissolução da cal virgem
Em outro vasilhame (que não seja de plástico) fazer a queima da cal virgem. Para pequena quantidade de cal virgem, pode ser feita a hidratação na mesma hora.
Para isso, utilizar uma lata de metal de 20 litros, adicionar e misturar um pouco de água. Deve-se formar uma pasta um pouco mole, que irá aquecer pela hidratação da cal, havendo uma reação exotérmica.
Deve-se tomar cuidado com a exalação dos gases e a alta temperatura do produto, durante o processo de hidratação.
Após o resfriamento do pó, colocar 20 a 30 litros de água, obtendo um “leite de cal”. Para utilizar, esperar a mistura de cal esfriar, como a temperatura da mistura cúprica. Passar a calda por uma peneira fina, para evitar a borra do cal.
Para hidratar quantidades elevadas de cal virgem, por exemplo, acima de 5 kg, deve ser feita a “queima” da cal sempre na véspera. Neste processo, colocar no tambor de metal, quatro a cinco vezes em volume de água a quantidade de cal virgem a ser hidratada.
Exemplo: Para hidratar 20 kg de cal virgem, colocar antes, no tambor, 80 a 100 litros de água. Importante: somente depois de ter colocado a água é que deve ser colocada a cal virgem.
Pode ser empregada a cal hidratada para o preparo da Calda Bordalesa, porém esta deve ser nova quanto à fabricação e aumentada a quantidade em relação à cal virgem.

Mistura cobre + cal
Uma vez hidratada a cal virgem, estando a água necessária para a aplicação na caixa ou no tanque de pulverização e o agitador ligado, derramar primeiramente a solução de cal (leite de cal) e, em seguida, de forma lenta, a solução cúprica, com forte agitação no tanque.
Poderão ser colocadas as duas soluções ao mesmo tempo ou então feita a mistura ao inverso, isto é, derramar primeiro a solução de cobre e, por último, o leite de cal, desde que de maneira bem lenta e com forte agitação. Deve-se medir o pH da calda após misturadas as soluções, o que é dispensável somente quando emprega-se cal virgem na mesma proporção do sulfato de cobre.
Para medir o pH, usa-se um peagâmetro, fita de tornassol ou então, de maneira prática, utiliza-se uma faca ou canivete de ferro (não inox), pingando algumas gotas da mistura na lâmina. Depois de 2 a 3 minutos, sopra-se as gotas e verifica-se a reação ocorrida (oxidação). Estando a região escurecida, significa que a calda está ácida e precisa ainda de neutralização de mais cal. Não escurecendo, a calda estará pronta (alcalina).
Fazer a aplicação da Calda Bordalesa imediatamente após o seu preparo. Durante a pulverização, é indispensável que o tanque contendo a Calda Bordalesa tenha agitação contínua. Quando pronta (diluída), a calda deve ser utilizada no mesmo dia, não podendo ser diluída com água. A solução estoque de cal virgem (leite de cal), assim como a solução concentrada de cobre, podem ser armazenadas por vários dias.
Pulverizar com uma distância de 0,30 a 1,0 metro da planta, para permitir boa
névoa sobre a folhagem, com um pulverizador provido de agitador.

Intervalo de Aplicações
Se o preparo da Calda Bordalesa for bem feito e bem aplicado, ela poderá aderir e se manter na folhagem por algumas semanas, particularmente se o tempo permanecer seco. Com tempo bom, tem efetividade por 10 a 15 dias, reduzindo sua ação posteriormente.

Importante
• A cal virgem nova, bem calcinada, com alta reatividade (acima de 90% de óxido de cálcio), permite a produção de uma calda de melhor qualidade;
• Cal hidratada e cal virgem velha, com aspecto farinhento, são ricas em carbonato de cálcio e apresentam baixa reação;
• Nunca empregar calda ácida com pH abaixo de 7,0;
• Os fungicidas à base de cobre não possuem efeito curativo; por isso devem ser empregados preventivamente;
• Recomenda-se intervalo de 7 dias entre a última aplicação e a colheita;
• Utilizar equipamento de proteção individual no preparo e aplicação.

4) CALDA SULFOCÁLCICA
Características
A Calda Sulfocálcica é um dos mais antigos defensivos agrícolas. Possui efeito tóxico contra insetos sugadores e ácaros. Possui, também, efeito fungicida, atuando de forma curativa, principalmente contra oídios e ferrugens. Tem ação benéfica para plantas, elevando os teores de nitrogênio e de enxofre.
Recomendações
É utilizada em fruteiras tropicais, aplicada nos troncos, ramos e folhas para erradicação de pragas e doenças. É também empregada no tratamento de inverno de fruteiras de clima temperado (folhas caducas). A concentração empregada no período invernal é de 1,0 litro da calda concentrada (30º Beumê) em 8 a 10 litros de água. A concentração recomendada para o período vegetativo é de 1 litro da calda concentrada (30º Beumê) para 30 a 100 litros de água.

Preparo
Ingredientes para a produção de 100 litros de calda:
– 25 kg de enxofre ventilado;
– 12,5 kg de cal virgem;
– 70 litros de água .
O preparo da calda é feita a quente, requerendo recipiente de metal. A cal virgem deve ser testada antes do seu emprego. Após cinco minutos de sua mistura com um pouco de água, deverá formar uma pasta mole. Caso demore a reagir, a cal não deverá ser utilizada. Para sua manipulação, deverá ser utilizado equipamento de proteção individual. Os resíduos não poderão ser jogados nos mananciais.
No caso do preparo de 100 litros, utilizar recipiente de 200 litros para evitar que a solução derrame durante a fervura. Dissolver primeiro o enxofre em um pouco de água quente, formando uma pasta mole, e completar com 70 litros de água quente. Estando a água + enxofre com a temperatura em torno de 50 ºC, derramar lentamente a cal virgem na solução. Geralmente, neste momento, a temperatura fica acima de 90 ºC e o fogo deverá ser desligado. Deverá ser ligado somente quando a temperatura começar a baixar, chegando aos 90º C. Deixar ferver por 50 a 55 minutos, mexendo sempre e mantendo a temperatura entre 90 e 95 ºC, tendo o cuidado de evitar os vapores exalados pela fervura. É necessário manter disponível uma lata com 20 litros de água fria para adicionar à medida que a mistura sobe durante a fervura, tendo o cuidado de manter o nível da solução de 100 litros.
Quando a solução atingir a coloração pardo-avermelhada, a calda estará pronta. Deixar esfriar e coar com pano de algodão. O resultado é um produto líquido concentrado de coloração pardo-avermelhada. Guardar em recipiente de plástico ou vidro, bem fechado, à sombra, para evitar a entrada de ar, o que poderá reduzir o seu poder inseticida e fungicida. Utilizar espalhante adesivo para permitir melhor espalhamento e adesão foliar da
calda.

5) CALDA VIÇOSA
Concentração
A Calda Viçosa tem demonstrado ação como adubo foliar (Ca, S, Cu, Zn, B, Mg e N), fungicida (Antracnose, Requeima, etc), defensivo bacteriostático e repelente de pragas, em fruteiras e hortaliças. Sugestão de nutrientes para a Calda Viçosa: 500 a 600 g de sulfato de cobre + 300 g de sulfato de zinco + 200 g de sulfato de magnésio + 100 g de ácido bórico + 400 g de uréia ou 400 g de cloreto de potássio + 500 a 700 g de cal hidratada + 100 litros de água. O pH ideal da Calda Viçosa é de 7,0 a 8,0.

Preparo
O preparo da Calda Viçosa é o mesmo recomendado para a Calda Bordalesa, havendo, no entanto, a necessidade de inverter a ordem de mistura dos componentes. Primeiro, deve-se adicionar o leite de cal ao tanque de pulverização, e depois adicionar o cobre e os micronutrientes (pré-dissolvidos em água).
Para facilitar o preparo, recomenda-se fazer a pré-dissolução dos produtos em recipientes separados. Num vasilhame com pouca água (20 ou 50 litros), coloca-se dentro de um saco poroso os sais (sulfato de cobre + micros + uréia), deixando-os imersos junto à superfície, por 20 a 30 minutos, até a dissolução completa.
Os sais, quando colocados dentro do saco poroso, pouco abaixo da superfície da água, dissolvem-se mais rapidamente do que quando depositados no fundo do vasilhame.
Em outro recipiente, dissolver a cal hidratada, formando um leite de cal, colocando-a no tanque de pulverização e misturando bem. A seguir, adicionar lentamente a solução com os sais, mexendo bem. A solução com os sais sempre deve ser colocada no tanque depois da solução de cal.
É fundamental que a calda seja agitada vigorosamente, à medida que é acrescentado cada componente, ligando-se o agitador e o retorno do tanque de pulverização.
No preparo de pequenas quantidades de Calda Viçosa, poderá ser feita a mistura prévia dos dois componentes em um tanque ou balde, derramando a solução com os sais (vasilhame A) sobre o leite de cal + água (vasilhame B), em seguida, colocado no tanque do pulverizador.
Neste caso, a agitação deve ser vigorosa, empregando-se uma pá de madeira ou misturador mecânico, para que ocorra uma mistura homogênea. Hoje, no entanto, o preparo de grandes volumes de Calda Viçosa é geralmente feito diretamente no tanque do trator.
A adequada agitação da mistura permite a formação de pequenas partículas, com maior suspensabilidade na calda. Uma lenta agitação vai formar partículas de maior diâmetro, que vão se depositar mais rapidamente no fundo do tanque.
A qualidade do sulfato de cobre e da cal influencia na qualidade da calda. O leite de cal deverá ser coado em tecido de algodão, pois poderá conter partículas de maior diâmetro, como areia ou detritos, que poderão entupir os bicos.
A Calda Viçosa, quando diluída em água, não poderá ser armazenada, devendo ser aplicada no mesmo dia em que foi preparada.

6) ENXOFRE EM PÓ
Indicação: ácaro vermelho do cafeeiro (Oligonychus ilicis)

Receita 1
– 1 L de enxofre líquido;
– 100 L de água.
Dissolver o enxofre na água e aplicar 3 vezes a cada 30 dias.
Toxicidade: não é tóxico.

Receita 2
Aplicar enxofre em pó com uma boneca de pano, no ponteiro da planta. Deve ser aplicado quando aparecerem os primeiros sintomas do ataque do ácaro na planta.

Ácaro vermelho do cafeeiro (Oligonychus ilicis)

7) ENXOFRE EM PASTA
Indicação: brocas de troncos de árvores – Coleobrocas
– 10 kg de cal virgem;
– 2 kg de enxofre em pó;
– 1 kg de sal de cozinha.
Hidratar a cal virgem colocando água aos poucos até formar uma pasta. Acrescentar o enxofre em pó, o sal de cozinha e um inseticida (calda de fumo).

Diluir convenientemente este preparado até formar uma solução, no momento da aplicação. Pincelar todo o tronco das árvores.

Brocas de troncos de árvores – Coleobrocas

8) FARINHA DE TRIGO
Indicação: pulgões
Farinha de trigo (sem fermento) na dosagem de 1 kg para 20 litros d’água. De
acordo com Barbosa et al. (2000), a pulverização em aceroleira resultou em
redução de 49,2% dos ramos infestados por pulgões.

Os pulgões podem ser pretos, marrons, cinzas e até verdes.

9) FERMENTADO DE SORO COM VEGETAL (FERSORAL)
Modo de ação: biofertilzante foliar com propriedades repelentes e fungicida.
– 200 L soro de leite sem sal;
– 3 kg de folhas de camomila verdes ou 500 g de folhas secas de urtiga;
– 1 kg de flor verde de camomila ou 220 g de flores secas;
– 500 g de dentes de alho amassado.
Junto com estes produtos, acrescentar, no mínimo, mais três espécies vegetais relacionadas abaixo:
– 10 g de folhas verdes de samambaia das taperas;
– 6 kg de folhas verdes de losna brava ou losna verdadeira;
– 2 kg de folhas verdes de erva-de-santa-maria;
– 1 kg de raiz de cipó timbó;
– 10 kg de folhas verdes de cinamomo;
– 3 kg de sangue de boi (optativo).
Picar todas as ervas e colocá-las em tambor com o soro de leite. Tampar e deixar fermentar por três a quatro meses. No primeiro mês, mexer o fermentado todos os dias. Coar e pulverizar, usando a concentração de 1 a 5 % .

Observações:
• O líquido obtido do fermentado tem um cheiro que lembra o da garapa fermentada;
• Pode-se misturá-lo com o biofertilizante “Supermagro”;
• Pode-se armazenar, sem coar o produto, por tempo indefinido.

10) SABÃO
Indicação: tripes, pulgões, cochonilhas e lagartas.

Receita 1
– 100 g de sabão neutro;
– 10 L de água.
Dissolver o sabão em meio litro de água quente e, para a aplicação, diluir o preparado em nove litros e meio de água.

Receita 2
– 50 g de sabão de coco em pó;
– 5 L de água.
Colocar o sabão na água fervente e deixar esfriar. Pulverizar frequentemente sobre as plantas, no verão e na primavera.

Receita 3
Indicação: pulgões e ácaros.
– 1 kg de sabão;
– 3 L de querosene;
– 3 L de água.
Derreter o sabão picado numa panela com água e quando estiver completamente dissolvido, afastar da fonte de calor. Acrescentar, então, o querosene, mexendo bem a mistura. Dissolver um litro dessa emulsão em 15 litros de água para sua utilização, repetindo a aplicação a intervalos semanais.

Receita 4
Indicação: cochonilhas, pulgões e larvas minadoras de folhas.
– 500 g de sabão;
– 8 L de querosene;
– 4 L de água.
Ferver a água com sabão até a dissolução total. Uma vez em ebulição, retirar do fogo e colocar o querosene, agitando a mistura durante cinco minutos até a formação de emulsão cremosa e suave, sem oleosidade livre. Diluir um litro do preparado em 20-25 litros de água.

Lagarta – tamanho

11) SABONETE
Indicação: formigas.
Água de sabonete (sabonete dissolvido em água) é utilizada para tratar sementes de hortaliças.

12) SOLARIZAÇÃO DO SOLO
Indicação: pragas e patógenos de solo (Sclerotinia sclerotiorum, Sclerotium rolfsii, Verticillium, e Rhizoctonia solani entre outros, pois são todos sensíveis ao calor).
A solarização é um método de desinfecção do solo de canteiros, para controle de patógenos, pragas e plantas invasoras por meio da energia solar. Consiste na cobertura do solo, devidamente preparado, com filme plástico transparente (se não houver, utiliza-se o preto), antes do plantio, preferencialmente no período de maior incidência de radiação solar.
Material necessário: Plástico fino (30 micras) e transparente. De preferência, usar plástico com 3,0 – 4,0 m de largura.
Método: Para a colocação do plástico, o terreno deve ser preparado com aração e gradagem. Devem ser retirados materiais pontiagudos e saturados com água. Colocar o plástico manualmente sobre o terreno, sem a ocorrência de bolsas de ar, enterrando-se as bordas em sulcos no solo. Deixar o solo solarizando por 30 a 50 dias.
Modo de ação: aquecimento do solo com a eliminação dos patógenos, insetos e plantas invasoras.

SOLARIZAÇÃO DO SOLO
SOLARIZAÇÃO DO SOLO

Fonte: Boletim Embrapa – 191 – Uso de Inseticidas Alternativos no Controle de Pragas Agricolas

Um comentário em “Controle Natural de Praga (Parte 3)”

Deixe um comentário