Olá leitores, como os custos que os produtores tem com adubos químicos tem sido cada vez mais elevados, buscando a encontrar novas alternativas, como resíduos orgânicos que possam se ser empregados como fertilizantes. Deve se entender que a fertilidade do solo vai além do uso de calcário e NPK, mas começar a compreender que é necessário ter uma visão mais ampla, voltando os olhos também para à proteção contra a erosão, rotação e diversificação de culturas agrícolas, preservação da matéria orgânica na lavoura, da atividade biológica do solo e equilíbrio nutricional das plantas, levando o agricultor a ter uma menor dependência dos insumos externos.
Pois bem, o adubo orgânico é uma ótima alternativa, o mesmo é constituído de resíduos de origem vegetal ou animal, oriundos da atividade agropecuária, de áreas urbanas ou de rejeitos agroindústrias. É uma alternativa para aumentar a fertilidade do solo, promovendo elevação na atividade biológica do mesmo, proporcionando melhorias químicas e físicas também. Os exemplos no nosso dia-a-dia são variados e com certeza vocês devem conhecer a maioria deles, para citar alguns: compostagem, adubação verde, biofertilizantes, dejetos de suínos, bovinos e caprinos, cama aviaria e vinhaça.
Utilização
A adubação orgânica é uma fonte de nutrientes lenta e duradoura, para que eles possam ser utilizados, precisam passar por um processo de decomposição da matéria orgânica, logo em seguida haverá uma transformação da forma orgânica para a forma mineral – chamado mineralização, assim poderão ser absorvidos pelos vegetais.
Efeito Condicionador
A adição de matéria orgânica propicia melhoria nos atributos químicos, físicos e biológicos do solo, isto é denominado efeito condicionador de solo. Melhoram a densidade do solo, estruturação, aeração e drenagem, retenção de água, proteção do solo, fornecem nutrientes, fornecem energia e alimento para os organismos, as plantas ficam mais vigorosas e podem resistir à diferentes tipos de estresses. Para que vocês saibam quais são as alterações benéficas proporcionadas pela utilização de adubos orgânicos de forma detalhada, deem uma olhadinha no quadro a seguir.
Os fertilizantes orgânicos podem ser classificados de três formas diferentes, acompanhe:
Orgânico simples: São compostos que usam de material vegetal ou animal e podem conter um ou mais nutrientes para nutrição de plantas. Muito utilizado nos sistemas agrícolas que preconizam a permanência de restos vegetais, como o plantio direto, pois permite que adubos minerais possam ser adicionados aos restos de cultura, possibilitando que o fertilizante seja disponibilizado de forma gradual.
Orgânico misto: Seu produto é naturalmente orgânico, que resulta de uma mistura de fertilizantes orgânicos simples. Este pode conter mais de um nutriente essencial às plantas.
Orgânico composto: É derivado de processos físicos, químicos, bioquímicos, de forma natural e controlada, com matéria-prima de origem da indústria, urbana ou rural, animal ou vegetal, podem ser enriquecidos com nutrientes ou qualquer agente que promova melhorias em suas características.
O objetivo da adubação orgânica é ativar e manter a vida no solo, repondo os nutrientes e a energia que as plantas precisam. Porém, deve se atentar ao fato que eles não podem simplesmente substituir de modo total os adubos minerais, pois isso irá levar a uma queda significativa de rendimento. Em função disso, deve ser feito em etapas, começando com uma pequena área da fazenda e ao decorrer do tempo, ir aumentando a mesma. Ha um tempo necessário para conversão dos sistemas convencionais para o orgânico e esse tempo dependerá de como os processos ecológicos irão se acomodar a essas novas condições.
Com isso, podemos perceber que com o uso de fertilizantes orgânicos, ha a redução do impacto gerado pela agricultura convencional no meio ambiente, reutilizando e transformando o lixo orgânico, resíduos de industrias e os rejeitos do meio rural em adubos, garantindo alimentos mais saudáveis e reduções de custos dos agricultores, além de um solo mais fértil e produtivo.
Referências Bibliográficas
BUSATO et al, 2009. Guia para Adubação Orgânica; Baseado na Experiência com Solos e Resíduos do Norte Fluminense. Programa Rio Rural, Manual técnico. Niterói, RJ. Disponível em: <https://cdn.ciorganicos.com.br/wp-content/uploads/2013/09/Adubacao-organica-Pesagro-Manual-14.pdf>.
Jornal Agrícola 
Republicou isso em Elizângela & Cosméticose comentado:
Parabéns ótimos textos e dicas bem interessantes, é isso aí, continue Carolina esta indo muito bem!